Com desenvolvimento na base de times nacionais, jogadores mostram que é possível atuar fora do país
Assim como em outras modalidades, o sonho de jogar na Europa também está presente na vida dos atletas de polo aquático brasileiros. Com a base na modalidade desenvolvida em clubes filiados à Liga Polo Aquático Brasil (PAB), os jogadores buscam jogar em alto nível e estudar na na Europa e nos Estados Unidos.
A modalidade feminina está ganhando espaço no Brasil e levando jogadoras nos últimos anos para atuar no Velho Continente. Mas a missão de permanecer atuando em alto nível no polo internacional não é fácil.
Diana Abla, revelada pelo Pinheiros e atleta olímpica nos Jogos Rio 2016, precisou de duas oportunidades para se adaptar à cultura e permanecer atuando na Itália. Segundo ela, a base feita no Esporte Clube Pinheiros foi fundamental para o seu desenvolvimento na piscina.
“Depois da Olimpíada do Rio, fui chamada para jogar em um clube da Itália e não tive uma experiência muito boa. Assim que acabou a temporada resolvi voltar para o Brasil. Fiz faculdade e continuei jogando no Pinheiros. Conversava com a Samantha Rezende, que tinha o desejo de voltar para a Europa, mas acompanhada. Pessoas próximas ajudaram com nossa ida para o Pallanuoto Trieste, da Itália. Estamos vivendo uma experiência muito boa, com entrosamento no time e curtindo a cidade, mas não muito o frio”, contou Diana Abla, atleta do Pallanuoto Trieste.

“O Pinheiros foi o clube que abriu a porta para que eu pudesse começar a jogar polo, o ponto inicial da minha carreira, minha base! Graças às minhas atuações no Pinheiros, alcancei o sonho dos Jogos Olímpicos. Mas ainda tenho o objetivo de ajudar o Trieste a conquistar uma posição melhor na competição e disputar uma medalha no Campeonato Italiano”, disse a jogadora.
Também atuando no Trieste, Samantha Rezende é formada no Clube de Regatas do Flamengo. A atleta, que era capitã do elenco principal rubro-negro, contou sobre as condições de polo que encontrou na Itália.
“A estrutura do polo aquático italiano é imensa! Já fui com atletas do time no mercado e conheceram a gente como profissional do Trieste. Somos valorizadas na cidade e os jogos são transmitidos em uma emissora de televisão. Quero muito crescer no polo europeu, conquistar títulos e representar o meu país, mostrar que temos atletas de alto nível”, disse Samantha.

Os atletas brasileiros são contratados jovens para jogar fora do país. Thomas Borges, por exemplo, assinou com o Montpellier Water Polo, da França, com 20 anos de idade. Atualmente no Pinheiros, Thomas optou por retornar ao polo nacional.
“Gostei bastante de atuar no exterior. Joguei na França, em um time chamado Montpellier Water Polo. A organização, o incentivo e também a parte financeira são muito boas. Porém tenho outros planos de vida que não incluem o polo aquático, por isso decidi voltar. Mas foi um momento marcante na minha vida e adquiri muitos aprendizados, como a língua e a cultura francesa”, explicou Thomas Borges.

Campeão da Liga Nacional PAB pelo Pinheiros, em 2020, Rafael Vergara já atuou na Sérvia, Espanha e Estados Unidos. Jogador do Ibsu Water Polo (EUA), Vergara possui uma rodagem no exterior e pretende continuar sua carreira internacional.
“Grande parte da minha formação como jogador de polo e cidadão aconteceu nesses três países. Acredito que as dificuldades dentro e fora da piscina, longe da sua terra natal, fazem você evoluir o seu caráter e tornar-se um jogador melhor”, pontuou Rafael.

“Espanha e Sérvia são mais conhecidos pelo alto nível de polo aquático. Mas nos Estados Unidos estou estudando e agregando na minha vida. Vejo que essas oportunidades em minha carreira foram de aprendizado!”, finalizou Vergara.
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