1. Já são 550 gols em 28 jogos disputados pela Liga Nacional de Polo Aquático Adulto masculino. Inédita no cenário brasileiro, a Liga exibiu até o momento partidas emocionantes, de elevado nível técnico e seu formato foi aprovado por todos os atletas, técnicos e público da modalidade. Clique aqui e confira a classificação!

“É um novo começo para o polo aquático brasileiro. Chegou a hora de nos sentirmos realmente jogadores. Um campeonato longo, com jogos todos os finais de semana e para nossa equipe essa é a melhor maneira de se jogar”, disse Daniel Rocha, atacante do Clube Internacional de Regatas

Para Roberto Marques, atacante do Fluminense, esse novo formato da PAB possibilita as equipes identificarem e corrigirem erros durante a semana e assim podemos chegar cada vez mais fortes para as finais.

O melhor ataque da competição até agora é do SESI/SP com 86 gols anotados, seguido do Pinheiros, com 85, ambos com sete jogos. A defesa menos vazada é a do Botafogo, com 43 gols sofridos em 6 jogos. O SESI/SP é o segundo que menos sofreu gols, 44, porém, com uma partida a mais que o time carioca. Líder e única equipe com 100% de aproveitamento na Liga, o SESI/SP possui o melhor saldo de gols, 42 na somatória.

O artilheiro do campeonato é Gustavo Coutinho (foto), do Paulistano, com 28 gols, uma média de 4,6 por jogo, seguido de Rudá Franco do SESI/SP, com 25 e Guilherme Gomes, do Fluminense, com 19 tentos anotados.

O fator casa surtiu efeito em 15 oportunidades com vitórias dos times anfitriões contra 12 dos visitantes e apenas um empate registrado, no clássico paulista entre Pinheiros e Paulistano, 11 gols para cada lado. A equipe que mais venceu como visitante foi SESI/SP, em quatro ocasiões. O Botafogo vem em seguida como segundo melhor visitante. Em quatro partidas disputadas fora de casa, conquistou três vitórias. Dentre os anfitriões, o vice-líder Fluminense teve cinco confrontos diante de sua torcida e perdeu apenas um jogo, para o líder SESI/SP.

Na parte de baixo da tabela a briga é intensa. Dos nove clubes da Liga, apenas oito seguem para a segunda fase. Paineiras e Internacional com 2 pontos e Associação Bauru que ainda não somou pontos, seguem evoluindo na competição. O jovem time de Bauru busca experiência e atuará todas as partidas fora de casa. “O time da ABDA é muito jovem, estamos ganhando experiência durante a competição. Temos uma equipe sub-17 e crescemos a cada partida. Jogar a Liga contra grandes equipes estimula muito a gente a treinar cada vez mais”, falou Gabriel Sorrilha, atleta da ABDA.

Os santistas se reforçaram com estrangeiros, como o esloveno Mates Nastram, que anotou 14 gols em quatro aparições na Liga e também contam agora com o experiente Eduardo Abla, auxiliar técnico de Ratko Rudić, na seleção brasileira masculina durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e atual treinador do selecionado brasileiro feminino adulto.

Ao todo, 17 árbitros já atuaram no certame. José Werner, coordenador de arbitragem e da Liga na cidade do Rio de Janeiro, avaliou: “Temos árbitros experientes, que participaram de jogos Olímpicos e filiados à FINA (Federação Internacional de Natação) e outros ainda no início da carreira, que evoluirão a cada rodada. Esperamos que todos os jogos caminhem da melhor maneira possível e que a arbitragem tenha controle total dos confrontos”.

“Um campeonato muito bom e inédito. Bom, pois o atleta tem se dedicar e trabalhar durante as semanas. Nos dá a chance de recuperação no decorrer da competição, ao mesmo tempo que podemos recuperar também algum atleta, coisa que não era possível em competições curtas, de uma semana, como fazíamos antigamente”, relatou Eric Borges, treinador do Pinheiros.

Segundo Carlos Carvalho, comandante do tricolor carioca, o novo formato é uma vontade antiga dos técnicos: “Sempre pensamos em turno e returno mais a fase final e está indo tudo bem. Lógico que precisamos aperfeiçoar alguns detalhes. Está sendo um sucesso e todos os atletas estão adorando. A PAB está de parabéns. Agora é só evoluir”.

“Fico contente em poder falar que a Liga conta com nove times e todos jogando bem. Com essas equipes jogando desta forma podemos presumir que existe uma boa seleção entre esses atletas. Agora seria interessante convocar e treinar esses jogadores. O pessoal fala da Croácia, de Montenegro, lá eles tem no máximo quatro times bons. Montenegro nem quatro tem. Quando vemos uma Liga que começa a dar resultados interessantes é a hora dos dirigentes começarem a pensar em fazer uma seleção. Isso estimula os jogadores e vai beneficiar a competição para o próximo ano”, analisou Eduardo Abla, técnico do Internacional.